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En 1993, a primeira Festa do Peão de Boiadeiro de Malacacheta, foi idealizada por Nilva Chaves, Cristina Coelho e pelo promotor e animador de eventos Ney Bigorna (aquele do bordão ‘beleza beleeeeza’).

Contou ainda com a ajuda de fazendeiros que se entusiasmaram com a ideia, de comerciantes da cidade, dos gerentes da Nestlé (Enyo e Martins) e da Prefeitura Municipal através do prefeito Joanísio Freitas e do então Diretor de Cultura Tristão Lopes, que inclusive fez a arte do primeiro cartaz.

A festa, realizada nas imediações do antigo SolClube, contou com Rodeios da Companhia Sérgio Ferrara, vários concursos e provas com premiação em dinheiro e troféus. Teve também leilão de bezerros, baile e uma cavalgada muito bem organizada, capaz de fazer inveja às dos dias atuais. Um dos destaques foi o cavalo Galã da Gabiroba, montado por Ramon de Gêla. A Festa foi encerrada com o Hino Nacional sendo narrado pelo locutor.

A festa foi um sucesso tão grande de público e crítica que repercutiu regionalmente. Logo após começaram tratativas para a festa do próximo ano. Foi criada uma comissão organizadora. Ficou decidido que a festa, pela dimensão que havia tomado, merecia um local mais apropriado.

Assim, no ano seguinte, a Prefeitura Municipal iniciou as obras do Parque de Exposições Lídio Pimenta de Figueiredo.

Obras da construção do Parque em 1994

Em 1994, a segunda festa, já contou com patrocinadores de outras cidades, de onde se pode concluir a importância que havia conquistado.

festa peao malacacheta 1993

No ano de 1995, a terceira festa, já em um Parque de Exposições bem estruturado, passou a ser organizado pela Associação dos Agropecuaristas de Malacacheta com o respaldo da Prefeitura. Atrações mais caras começaram a ser contratadas.

Mas foi em 1996, em sua quarta edição, que a Festa do Peão de Boiadeiro de Malacacheta, começou a ousar trazendo atrações de custo elevado. Neste ano, o show principal ficou por conta do cantor nacionalmente conhecido, Amado Batista. Inclusive durante seu show, o cantor se mostrou irritado com um canhão de luz que, segundo ele, estava direcionado em seu rosto. Ameaçou abandonar o palco e alguém da plateia lhe jogou areia.
Parece que a atitude serviu para baixar um pouco sua bola, pois o mesmo reagiu com relativa espirituosidade, dizendo:
- Olha podem me jogar areia. Só não joguem aquilo que jogaram na Geni. Fazendo alusão a música Geni e o Zepelim de Chico Buarque.
Dito isso, o show transcorreu sem problemas e a festa foi memorável.

Lembro-me que em uma festa, a Loja Maçônica Acácia de Malacacheta alugou o galpão principal do Parque de Exposições, eu como membro, ajudei no bar. Deu para imaginar melhor, o quão impressionante são os números desta festa e quanto trabalho deve gerar para organizá-la.

Nos anos que se sucederam a Festa do Peão, ora experimentava um sucesso maior, devido ao dinheiro empregado pelo setor público, ora menor, quando o erário não dispunha de recursos em quantidade para empregar na festa.

Nos palcos da Festa do Peão, cantaram artistas prestigiados, como Sérgio Reis, Rio Negro e Solimões, Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano, César Menotti e Fabiano, Teodoro e Sampaio, Gino e Geno, Bruna Viola e muitos outros.

A festa continua sendo muito prestigiada e querida pelos malacachetenses de todas as idades, inclusive crianças, que podem se divertir nos parquinhos e shows infantis.

Mas se tornou uma festa cara. Sujeita a disponibilidade da prefeitura em aportar mais ou menos recursos.
Penso que Malacacheta, um município predominantemente vocacionado à agropecuária, deveria conseguir uma fórmula para tornar essa festa tão importante e apreciada, uma fonte de divisas.

Talvez dando menos ênfase aos shows de cantores caros e apostando em outras atrações mais ligadas à produção rural, como exposições, torneios, leilões, quem sabe um Museu do Peão de Boiadeiro e uma maior participação da comunidade, como era no início.

Acima de tudo é preciso lembrar seus idealizadores, colaboradores, homens do campo e o espírito de união que os motivou a criar a grande Festa do Peão de Boiadeiro de Malacacheta.

Além de ser um sucesso incontestável, a Festa d Peão Boiadeiro de Malacacheta, inspirou a criação de outros eventos parecidos, como várias cavalgadas, dentre elas a do Sindicato dos Produtores Rurais de Malacacheta e a Cavalgada dos Amigos da APAE e a Festa do Laço, também promovida pela APAE.

Além disso o Parque de Exposições é utilizado para leilões, mostras e festas relacionadas ou não ao meio rural.

Colaboração: Tristão Couy, Teodomiro Manoel Dias

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