memoriais-jesus-raslan
Depois de uma tranqüila viagem de trem e uma exaustiva jornada a cavalo, SULA PIMENTA, ETELVINA GUEDES, TEREZA PRATES, TEREZA ABRANTES e TEREZINHA RASLAN, nossas normalistas de então e nossas mais antigas professoras, chegavam à cidade.
Estavam de férias. Pelo resto do dia, receberiam a visita de amigos e parentes, fariam um footing para matar as saudades e à noite...
À noite, a lua, sabe-se se com sua cara escura de nova, se com seu tímido fiapo de crescente ou minguante, se com sua plenitude de cheia, a lua viria boiando pela estrada das estrelas seguindo caminho atrás dos seresteiros. Quedaria silenciosa nos céus de Malacacheta. Atenta, ouviria lânguidas vozes cantando versos de saudade, paixões e tristezas, acompanhadas pelos acordes de plangentes violões.
Quem assim atraía o amoroso olhar da lua e fazia o deleite dos ouvintes eram LAURA GANDRA e ANA GATO, nossas primeiras seresteiras. Sempre saudavam assim a chegada das nossas normalistas. E assim, em seresta, faziam a sua despedida quando, terminadas as férias, voltavam elas ao colégio. Era assim, com suas serenatas, que também encantavam a nossa gente em diversas de lua cheia e de paixões.
Laura Gandra e Ana Gato inseriram o encanto das serestas. Encanto que se estendeu por muitos e muitos anos na voz de outros seresteiros como JOSÉ MACOTA, BATATINHA, LADO SANTANA, TAZINHO, LECA MANGABEIRA, BETÃO, o cabeludo ZÉ MILTON...
Hoje o encanto se quebrou. Já não se ouve mais doces baladas como “É a Ti Flor do Céu”, “Elvira Escuta”, “Professorinha”, “Malandrinha” e tantas outras melodias eternas e fundamente acolhidas no mais fundo de corações enamorados!
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